Defesa de Maria Nerci recorre de decisão judicial que impôs pena de 19 anos de prisão

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A defesa de Maria Nerci dos Santos Mourão, assassina confessa de Izadora Mourão, sua filha, recorreu da decisão judicial que a condenou a 19 anos e seis meses pelo crime. O recurso de apelação, obtido pelo A10+, foi interposto nesta segunda-feira (21). Além da defesa,  o Ministério Público do Piauí também recorreu da decisão que absolveu João Paulo Mourão, e da pena aplicada à Maria Nerci.

O promotor Márcio Carcará, que atuou no julgamento considera que a decisão que absolveu João Paulo é contrária à prova dos autos. Em relação à pena de Maria Nerci, ele afirma que está abaixo do esperado.

“São três qualificadoras e uma agravante, havendo pelo menos três circunstâncias judiciais, previstas no artigo 59, do CP, que não foram desvaloradas adequadamente, o que elevaria o patamar da pena”, explica Márcio Carcará.

O coordenador do Gaej/MPPI explicou ainda que o pacote anticrime prevê, que em caso de pena superior a 15 anos de prisão, a execução é imediata, não sendo possível a concessão de prisão domiciliar para a ré condenada.

Versão da idosa era questionada

A versão dita por Maria Nerci era questionada pela polícia. A perícia atestou que no dia do crime, o jornalista João Paulo executou e a mãe assistiu ao assassinato, pois a posição dos golpes de faca feitos em Izadora favorece o lançamento de sangue encontrado no vestido da mãe dela.  A vítima sofreu 11 golpes de faca, a maioria no pescoço e uma no peito. Foram feitas perfurações de 4 a 9 centímetros, que de acordo com a polícia, seriam incompatíveis com a força da idosa.

Na época, o Ministério Público defendeu a tese de que o crime foi cometido por João Paulo e Maria Nerci, e que a motivação foi relacionado a uma herança de cerca de R$ 4 milhões, deixada pelo pai da advogada.

Relembre o caso

Izadora Mourão foi encontrada morta dentro do quarto do irmão em 13 de fevereiro de 2021. Segundo a polícia, a vítima foi atingida por nove golpes de faca. As investigações apontaram que o irmão, o jornalista João Paulo Mourão, após matar a advogada foi dormir no quarto da mãe.

 m 2021, a defesa sustentou que apenas a mãe teria participado do crime. No entanto, ambos foram pronunciados pelo crime de feminicídio. O crime teria sido motivado em uma disputa por herança.

Fonte: A10+

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