Seleção leva 30kg de farinha para Copa; carne de porco está barrada

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A farinha de mandioca é apenas uma pequena parcela das 5,5 toneladas de bagagem que a delegação brasileira levará para a Copa. O aparato vai para a Itália neste sábado (12), junto com parte da delegação que irá atuar na preparação em Turim, antes da chegada ao Qatar.

A base da alimentação não vai ser farofa, obviamente, mas é que esse elemento da culinária brasileira foi um dos poucos não garantidos pelo hotel no qual a delegação ficará hospedada, em Doha.

Nas viagens que antecederam a Copa, o setor de logística da seleção conversou com a administração do local, enviou o cardápio com antecedência e verificou quais mantimentos seriam fornecidos com facilidade no Qatar.

A maioria da demanda será suprida por lá mesmo. Outros itens menores para a cozinha serão levados do Brasil, como temperos.

“Qatar é um país que importa a maioria dos produtos que consome”, cita o administrador da seleção, Hamilton Correia.

Mas a seleção não pode levar o que bem entender. As regras do Qatar impedem o transporte de bebidas alcoólicas e carne de porco. Esses dois vetos estão relacionados à doutrina do islamismo. Inclusive, Tite vai ter que pagar um preço “salgado” se quiser beber caipirinha em caso de título.

O cardápio da seleção é pensado para cinco refeições: café da manhã, almoço, lanche da tarde, jantar e ceia. Nele não costuma haver muita carne de porco. Há opções de proteína em todos os almoços/jantares e elas abrangem frango, peixe e carne bovina.

O porco só costuma aparecer quando tem churrasco. Durante a campanha da Copa 2018, a brasa só funcionou durante o período de treinos em Londres. No Qatar, se acontecer, o leque de opções terá um desfalque.

O cardápio da seleção brasileira é montado pela médica nutróloga Andréia Picanço – a única mulher da delegação de 74 pessoas, inclusive. É preciso pensar em quem tem algum tipo de restrição alimentar.

A execução fica por conta do chefe Jaime Maciel, que está na seleção desde 1995 e nas últimas convocações ganhou a companhia do auxiliar de cozinha José Aparecido.

A comissão técnica e a bagagem do Brasil vão neste sábado (12), em voo fretado, rumo a Turim, na Itália, onde a seleção fará seis dias de preparação antes de desembarcar em Doha. As instalações usadas serão hotel e CT da Juventus.

BAGAGEM DA SELEÇÃO

São equipamentos de fisioterapia, massagem, remédios, aparelhos para treinos e, sobretudo, roupas. Até os ternos feitos sob medida por Ricardo Almeida entram nisso.

O material da seleção será dividido em 300 volumes -baús que precisam pesar até 32 kg cada, conforme as regras internacionais de aviação.

As caixas medem 3m³ e precisam ser transportáveis no aeroporto, já que o processo de embarque e desembarque, passagem na alfândega e transporte antes da entrada no avião tem mãos humanas como ponto de partida.

O material da seleção sairá de caminhão da Granja Comary, em Teresópolis, rumo ao aeroporto Galeão, no Rio. O armazenamento do equipamento é centralizado no CT da seleção. Em viagens, há kits padrão para todas as seleções. Médicos, fisioterapeutas e massagistas já sabem o que têm à disposição.

Na volta, é feito um relatório de tudo o que foi gasto. Como parte desse controle, a delegação sabe exatamente o que está em cada um dos baús e costuma espalhar os itens para evitar que o extravio comprometa alguma atividade. 

O voo fretado para a Copa afasta a preocupação de perda de malas. O cálculo é que, dos 300 volumes, algo entre 200 e 220 sejam ocupados pela rouparia.

A bagagem é uma preocupação constante. A cada treino é preciso pensar na logística, alocando o material em caminhões que levarão os equipamentos do hotel ao estádio.

Mas depois da campanha no Qatar, ninguém vai se incomodar se a bagagem da seleção tiver um certo objeto de ouro, que pesa cerca de 6 kg: a taça da Copa do Mundo.

Fonte: UOL/FOLHAPRESS

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